Se oriente, rapaz!
- Paola Alarcon
- 28 de mar.
- 1 min de leitura
As estrelas brilham como fragmentos de um tempo que já passou, mas que ainda lança luz sobre nós.

Sozinha, observando o céu, inevitavelmente sou puxada para lembranças antigas — relações que foram parte do caminho, noites em que dividi bons silêncios diante da imensidão e o brilho do universo. Percebo o quanto fui costurada por esses encontros.
O amor é mesmo um grande, gigante e infinito mistério. Ele expande, transborda e, por instantes, faz parecer que o mundo inteiro cabe dentro de um olhar compartilhado.
As estrelas carregam essa mesma força — como o amor, elas nos apontam ao que inspira, movimenta internamente. Elas nos aguçam desejos - olha, uma estrela cadente!
Assistir ao céu estrelado também me traz lembranças de histórias interrompidas, planos que não se cumpriram. Mas ficar desejando o passado no presente é sabotar o futuro.
Nossa história não nos define, mas certamente nos compõe.
O que nos atravessou e, de alguma forma, afetou é importante, nos importa - leva pra dentro. Há necessidade de reflexão, integração. E uma vez conscientes disso, com um olhar mais amplo sobre o horizonte de quem somos: reajustar a rota.
Desde muito tempo atrás as estrelas guiaram viajantes, mostraram a direção e iluminaram travessias desconhecidas.
Nua em noite sem lua, ela também fala da vulnerabilidade, quando as emoções nos tomam nesses momentos de silêncio. Águas que nos movem.
É preciso sonhar sim, mas também se deixar navegar pelo desconhecido, atravessar o escuro da noite. Amanhã a lua é nova e as estrelas brilham, ainda mais.
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